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Por: Cássio Moreira
O ano é 2002. O então senador Paulo Souto (PFL) tenta voltar ao Palácio de Ondina após um hiato de cinco anos. O adversário era o petista Jaques Wagner, que se tornaria algoz da sua derrota em 2006. Souto venceu, novamente com o apoio de Antônio Carlos Magalhães (PFL).
O cenário era diferente. Na contramão do que aconteceu nas eleições anteriores, o PFL não apoiou o PSDB nas eleições de 2002, que lançou José Serra candidato ao Planalto. O partido decidiu apoiar, ainda que de maneira informal, a candidatura de Ciro Gomes (PPS). O governador da Bahia, César Borges (PFL), renunciou ao mandato para concorrer ao Senado, enquanto ACM, que havia renunciado à sua cadeira no Congresso, também tentava voltar ao cargo. Otto Alencar (PFL), vice de César, assumiu o Executivo estadual.
Paulo Souto contou com o apoio do PPB, PTB, PTN e PST. Já o petista teve ao seu lado o PCdoB, o PV e o PMN, além da imagem do então candidato ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente no mesmo pleito.
Com o mote “quarteto da vitória” (Paulo Souto, ACM, César Borges e Ciro Gomes), explorado pelos aliados carlistas no interior, Souto conseguiu repetir o feito de 1994, mas desta vez em primeiro turno.
O senador venceu em 382 cidades, e Wagner venceu em 31 municípios. Paulo Souto somou 53,69%, enquanto o petista teve 38,47%, melhor resultado do PT na Bahia até então.
A vitória de Souto, entretanto, ligou o sinal de alerta para o revés que aconteceria em 2006. Em Salvador, Wagner saiu vencedor com uma votação histórica. O petista conseguiu 56,9%, e Paulo Souto obteve apenas 36,6%.
Essa foi a última vitória do carlismo na Bahia. Desde 2006, o grupo tem colecionado derrotas para o PT, que emplacou cinco vitórias consecutivas nas urnas.