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Um dos principais desafios políticos que 2023 traz logo em sua chegada tem endereço certo: o prefeito de Salvador, Bruno Reis. O ano será vital para Bruno construir uma marca de seu governo e finalmente sair da sombra do seu antecessor, ACM Neto.
O consenso entre os analistas políticos baianos é que Bruno se esforçou nos dois primeiros anos de seu mandato para ajudar ACM Neto a se eleger governador da Bahia, seja através de articulação política ou o uso da máquina para acolher aliados e futuros parceiros.
Agora, restando um ano e meio para a próxima eleição, o prefeito de Salvador terá que correr contra o tempo para dar a sua gestão uma marca própria, que identifique o seu próprio governo e, além disso, convença o eleitorado de que a continuidade, em 2024, fará bem à cidade.
Até o momento, o prefeito deu continuidade à gestão de ACM Neto, com os mesmos projetos e até praticamente o mesmo pacote visual de peças da Prefeitura.
Na semana passada, Bruno foi sabatinado pelo radialista Mário Kerterz, que insistiu por quase 10 minutos no assunto. O prefeito de Salvador não conseguiu responder de modo a convencer a bancada de que seu governo tem uma marca própria.
Em 2024, Bruno enfrentará uma difícil eleição em Salvador: seu oponente provavelmente contará com o apoio da máquina estadual e federal, com Jerônimo Rodrigues (PT) governador e Lula (PT) presidente.
Algo semelhante aconteceu em 2016, quando Neto enfrentou uma eleição tendo Rui governador e Dilma presidente. Na ocasião, entretanto, o antipetismo estava numa crescente por conta da Lava Jato. Meses depois, Dilma sofreria o impeachment.