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A poucos dias do Carnaval e sem debater com a sociedade civil organizada, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, colocou à venda mais áreas verdes da cidade. A Prefeirura iniciou no final de janeiro uma nova rodada de leilões, colocando à venda 30 terrenos de Salvador. A informação foi publicada pela coluna Metropolítica.
Entre as áreas disponíveis, destaca-se um terreno de 17.512,72 m² localizado no canteiro central da Avenida Octávio Mangabeira, em Patamares, com lance inicial de R$ 19,1 milhões. A Prefeitura está requalificando a orla neste trecho. Outro terreno significativo está na Avenida Paulo VI, no Itaigara, com 7.600 m² e valor inicial de R$ 18 milhões. Além disso, uma área de 8.969 m² na orla de Itapuã foi avaliada em R$ 13 milhões.
Esses leilões têm gerado debates sobre o impacto ambiental e o planejamento urbano de Salvador. Até o momento, dois terrenos já foram arrematados: um de 337 m² por R$ 206 mil e outro de 706 m² no Rio Vermelho, adquirido por R$ 1,78 milhão.
Em março de 2024, a Justiça Federal suspendeu o leilão de um terreno de quase 7 mil metros quadrados localizado na encosta do Corredor da Vitória, em Salvador. A decisão atendeu a uma ação civil pública movida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU/BA), que argumentou tratar-se de uma Área de Proteção Permanente (APP) protegida pela legislação ambiental e pela Lei de Uso e Ocupação do Solo do município. O juiz Marcel Peres, da 6ª Vara Federal da Bahia, concedeu a liminar, destacando que a venda poderia acarretar riscos ambientais significativos.