Após ter se tornar alvo de críticas por sua conduta durante as negociações para a eleição de presidência da Câmara de Deputados, ACM Neto pediu a João Roma (Republicanos-BA) que avaliasse a possibilidade de abrir mão do cargo no Ministério da Cidadania. A informação é do Valor Econômico.
O cargo do comando do ministério estará livre para Roma assumir nos próximos dias, quando ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS) assumirá a Secretaria-Geral da Presidência.
Durante as campanhas para a presidência da Câmara, surgiram especulações de que a posição de neutralidade que Neto determinou ao partido, permitindo que os deputados do DEM pudessem em Arthur Lira (PP-AL), candidato do presidente Jair Bolsonaro, teria garantido a ele o poder de indicar nomes para os ministérios de Bolsonaro. Neto já negou a possibilidade e um alinhamento com o governo federal, afirmando que não queria ser responsável por indicar “nem porteiro para a Esplanada”.
Roma é aliado de ACM e foi chefe de gabinete durante parte da gestão dele como prefeito de Salvador.
“Não tenho nenhuma ingerência sobre o Republicanos, mas tenho uma relação política estreita com João Roma. Não sei se ele foi indicado pelo Republicanos e se havia disposição do presidente Jair Bolsonaro em nomeá-lo. Depois que vi especulações na imprensa, fui ao deputado João Roma e ponderei a ele que a minha opinião seria desfavorável a uma ida dele para o governo. Essa posição mostra que não estou negociando nada com o Planalto”, disse Neto ao Valor Econômico.
Segundo a publicação, Roma entendeu o comportamento de Neto, mas afirmou que não teria como explicar para sua sigla a desistência do ministério. Roma seria o nome favorito de Marcos Pereira, presidente do Republicanos. Outro nome da sigla cotado para assumir o ministério seria o deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA).