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Líder do bolsonarismo na Bahia e virtual candidato a governador do Estado, Alexandre Aleluia lamentou o suicídio do feirante Adaílton, da Feira de São Joaquim, que deixou uma carta culpando as dívidas e o lockdown por sua decisão de tirar a própria vida.
Em entrevista em uma rádio, Alexandre afirmou que as autoridades que fecham as atividades em uma cidade acabam atingindo em cheio a natureza humana – e não puramente a economia. Ele citou o livro “Três alqueires e uma vaca”, do autor Gustavo Corção.
“Não que a felicidade seja apenas material, mas ali [no trabalho] você se satisfaz moralmente, ocupa sua mente com realizações que fazem parte da natureza humana. Não é questão de economia. É questão de vida humana, natureza humana. A natureza humana é de trabalhar a sua capacidade, se apropriar do seu próprio suor e buscar a felicidade”, disse Alexandre.
“A partir do momento que o estado, prefeitura, rasga isso, impede isso, enjaula essa natureza humana, ele está também rasgando a sua personalidade, a sua alma. Nunca vou dizer que um suicídio é natural, mas é entendível a gente ver uma tragédia como essa. Porque a natureza humana ali foi enjaulada. Isso é uma pena. Eu fiquei ontem… chega eu sair da rede social por um tempo”, acrescentou.
O corpo do feirante Adaílton foi enterrado na manhã desta quarta-feira (10), em Salvador. Ele era do bairro da Liberdade e há 30 anos trabalhava na feira, sendo uma das personalidades mais conhecidas do local.
Em uma carta, Adaílton chegou a citar o governador Rui Costa e o prefeito Bruno Reis como responsáveis pelo agravamento de sua crise financeira.