Foto: Joilson César / Política ao Vivo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rebateu o governador Rui Costa (PT) e disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a autorização do uso emergencial da vacina russa Sputnik V, que o governo baiano tem um acordo de compra, foi suspensa por falta de documentos do estudo para uma análise técnica.



O órgão disse que a autorização sem a análise “enseja violação de pilares básicos contidos no texto da Constituição Federal de direcionamento do agir do Poder Público, especialmente de proteção e prevenção da vida e da saúde da população brasileira, por meio de políticas sociais e econômicas que visem à redução de doenças e de outros agravos à saúde”.

A Anvisa também explicou ao STF que sem ter acesso completo aos dados revelantes da vacina, não pode dar continuidade ao processo de análise, apontando que existem diferenças na quantidade e qualidade de informações fornecidas sobre a vacina russa e as vacinas do Butantan e da Fiocruz, que foram aprovadas.

“Tendo em vista a insuficiência e incompletude de dados relevantes, o que inviabiliza o início e prosseguimento de análise de benefício”, explicou o órgão. “Cabe apontar que as informações e os documentos apresentados à ANVISA em relação ao pedido de anuência para ensaios clínicos e ao pedido de autorização de uso emergencial, em caráter experimental, da vacina Sputnik V possuem muitas e importantes diferenças em relação à quantidade e à qualidade das informações e dos documentos apresentados pelo Instituto Butantan e pela FIOCRUZ em relação aos seus pedidos de autorização de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas Covid-19 que foram analisados e aprovados por esta Agência no dia 17 de janeiro de 2021”, pontuou.

Mais cedo, em entrevista para a GloboNews, Rui havia dito que a Anvisa está “condicionando essa análise a que seja feito um estudo de caso no Brasil”, o que foi rebatido de imediato (veja aqui).

 





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