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Foto: Agência Brasil
A Polícia Federal indiciou, nesta terça-feira (17), 33 pessoas pelo esquema de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Segundo o relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente não só sabia sobre as espionagens feitas de forma ilegal pela Abin, como também se beneficiava diretamente do esquema ilegal sob orientações de Ramagem, que de acordo com o documento era o responsável por estruturar e comandar o núcleo de inteligência. Já Carlos, segundo a PF, utilizava as informações obtidas para realizar ataques virtuais contra os adversários e instituições, como o STF.
Conforme o avaliado pelo jurista do UOL News, Wálter Maierovitch, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, deveria adicionar os resultados sobre a ‘Abin paralela’ às investigações contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado pois, segundo ele, o relatório da Polícia Federal apresenta elementos suficientes para que seja aberto um novo processo criminal.
“Não se fala mais em investigados. Esses três [Bolsonaro, Carlos e Ramagem] são formalmente imputados de crimes. Não é algo de investigação, de ‘vamos ver’. A polícia aponta e diz que eles praticaram crimes. A partir daí, se eles acharem que estão sendo perseguidos, podem até impetrar um habeas corpus.”, disse.