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A surpreendente nota da CSN, concessionária formada por empresas que administravam parte do transporte público de Salvador há 50 anos, citando a “arrogância e incompetência” de Bruno Reis (DEM), prefeito da cidade, lavou a alma de empresários da capital baiana.
Desde que Bruno assumiu o cargo, há menos de três meses, o atual prefeito colecionou inimigos, a maioria empresários e classes sindicais – que antes tinham uma boa relação com ACM Neto (DEM).
Empresários dos mais diferentes ramos consultados pelo Política ao Vivo dizem que não há qualquer diálogo entre o grupo e o Executivo Municipal. “Não tem a ver com falta de recursos. É a postura intransigente do prefeito que está fazendo muita gente repensar o apoio que deu a ele no ano passado”, disse um empresário do setor de restaurantes, à reportagem. Ele não quis se identificar.
Outra pessoa, dona de uma rede de lojas em Salvador, foi mais firme: “Essa nota da CSN resume profundamente quem é Bruno Reis. Arrogante, porque não aceita conversar se não for nos seus termos, e incompetente, porque em dois meses Salvador vai virar uma Venezuela. Desempregados vão tomar conta da cidade e a Prefeitura vai dizer que a culpa não é sua”.
Um terceiro empresário, que também não quis se expor, do ramo de comunicação, foi ainda mais longe: “Bruno já deixou claro que ele vai competir com [o ex-prefeito] João Henrique no ranking dos piores gestores que já passaram por Salvador. A população vai sentir saudades de João Henrique. Pode escrever”.
Na nota da CSN, divulgada neste sábado após a Prefeitura rescindir, unilateralmente, o contrato com a concessionária, as empresas destacam que a “justiça vai cobrar da Prefeitura as suas responsabilidades. A história vai cobrar do Prefeito pela arrogância e incompetência e da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores pela postura subserviente ao Poder em desprezo ao interesse dos trabalhadores”.