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Por: Cássio Moreira.
Ainda tietado pelas ruas de Salvador, ACM Neto tem provado um sabor diferente nos bastidores. Mesmo sendo procurado por aliados e enxergado como grande líder da oposição, o ex-prefeito de Salvador começa a sentir o gosto amargo da solidão política.
Sem mandato desde 2020, Neto paga caro até hoje pela derrota vendida como vitória em 2022. Isso porque quase todos que confiaram na sua eleição para governador se afastaram e se sentiram traídos. Enquanto isso, alguns partidos já deixaram o barco e caminharam para os braços do governador Jerônimo Rodrigues (PT). A vice-presidência do União Brasil amenizou a abstinência de poder, mas passa longe de ser o ideal.
No começo da semana, Neto tomou um novo baque ao assistir Márcio Marinho cogitar uma candidatura do Republicanos, seu principal aliado de caminhada na Bahia, ao governo do estado.
O PDT, que anda firme e forte com Bruno Reis, também já deu sinais claros de que não apoiará sua candidatura a governador. Sem dois partidos grandes na sua coligação, sobram os medianos e nanicos.
A solidão e o isolamento funcionam para os outsiders, que vendem o discurso anti sistema, longe da velha política de acordos. Já para um político nato e tradicional, o isolamento é trágico e vende o oposto: sem alianças grandes, você mostra que não tem mais habilidade de negociação e que seu projeto político não tem mais credibilidade.
Neto precisa aprender com seu pupilo Bruno, que tem dado aulas de como tratar aliados e negociar alianças. Se não fizer isso, a tendência é de isolar ainda mais e entrar no jogo para uma derrota ainda pior em 26.