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Foto: Divulgação

Por Cássio Moreira.

As pré-candidaturas de Bruno Reis (União Brasil), Geraldo Júnior (MDB) e Kleber Rosa (Psol), três principais nomes na eleição de outubro na capital, já dão o tom do que será a disputa nas ruas e nos debates.



Favorito nas pesquisas, Bruno Reis mostrou jogo de cintura no impasse para escolher a vaga de vice, cobiçada pelo Republicanos e por Leo Prates, e manteve sua aliada Ana Paula Matos no posto. Embora pareça coisa menor, o poder de decisão de Bruno mostra que o gestor não se vê mais como um ‘guiado’ de Neto, e sim como uma liderança política na cidade.

A articulação de Bruno para garantir apoios partidários também é outro ponto a se destacar. Diferente de Neto, conhecido por ser centralizador, o prefeito dialogou com partidos de diferentes campos. O gestor terá o apoio de 13 siglas.

Pesa contra Bruno os problemas do transporte público, mobilidade urbana como um todo, feridas ambientais e dificuldade de atender servidores municipais. Até os aliados mais sensatos sabem que o transporte é o grande problema de Bruno, que deve apanhar de todos os lados quando o tema for debatido.

Escolhido como candidato único do grupo governista, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) terá o desafio de superar o favoritismo de Bruno nas urnas, mas tem se mostrado disposto a isso.

Conta a seu favor o fato de ser candidato único da base, o que lhe dará o privilégio de ter ao lado nomes de peso completamente dedicados em emplacar sua campanha. O conhecimento dos problemas de Salvador também conta positivamente.

Geraldo, entretanto, terá que pisar em ovos em algumas críticas ao prefeito Bruno Reis. Ele foi coordenador de sua campanha em 2020, além de ter sido aliado do grupo durante uma década, o que pode mostrar conivência em parte dos projetos executados pelo núcleo de ACM Neto e do atual prefeito.

O grande trunfo, que pode ser tirado da cartola aos 45 do segundo tempo, é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar da disputa municipal não ter tanta influência nacional, ter o maior player político da história do país ao seu lado, e sendo presidente pela terceira vez, pode fazer virar o jogo se assim for necessário.

Diferente do que foi apresentado por anos pelo Psol em Salvador, Kleber aparece como o candidato capaz de furar a bolha militante e chegar a outros perfis de eleitor. Essa é a expectativa do partido, que não esconde o sonho, ainda que distante, de fazer uma campanha histórica, com um possível segundo lugar.

Bruno Reis, Geraldo Júnior e Kleber Rosa terão que jogar as cartas na mesa. Cada um com seus trunfos e seus problemas. Que vença o escolhido.



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