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Foliões passaram a cobrar do poder público, especialmente da Prefeitura de Salvador, um limite à atuação das Muquiranas, que nesta segunda-feira (24) saiu no Campo Grande.
O Política ao Vivo flagrou diversas situações de abuso e assédio contra mulheres e crianças no Circuito Dodô, por parte dos associados das Muquiranas, nesta segunda. Em uma das cenas, uma criança chegou a se “afogar” ao ser atingida, no rosto, por diversos jatos d’água das questionáveis pistolas. Ao perceber, o pai do garoto conseguiu intervir.
O Varela Notícias também registrou que a foliona Laila Falcão relatou em suas redes sociais que diversos membros do bloco ‘As Muquiranas’ lhe assediaram inúmeras vezes, chegando até a colocar uma arma de água em suas partes íntimas.
Para a reportagem, quem estava no Campo Grande na hora em que o bloco passou questionou se a pistola de água não pode ser um instrumento de abuso e assédio, em tempos de campanhas, tanto do governo como da prefeitura, pelo respeito às mulheres.
Há alguns anos, o poder público chegou a debater sobre o fim das pistolas de água. Sem sucesso. Em 2014, Márcio Victor defendeu o equipamento. “Olha, sinceramente, eu acho uma babaquice quem está na arquibancada não deixar as muquiranas se divertirem. Minha filha, você vem para o carnaval e está reclamando de uma [pistola] de água”, falou. Mas, na segunda-feira (24), durante a passagem do bloco, o cantor pediu que os associados não atirassem atirassem no trio.
No fim, vale o questionamento sobre a responsabilidade da Prefeitura nesta situação.