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A difícil relação entre o ex-ministro João Roma e os bolsonaristas baianos ganhou um novo capítulo. Nomes ligados ao PL baiano garantiram ao Política ao Vivo que há uma articulação para derrubar o político do comando da sigla no estado.



De acordo com uma das fontes, a situação, que já era considerada “insustentável”, piorou com os rumos tomados pelo partido nas eleições municipais. Mesmo com as dificuldades para encontrar candidaturas competitivas para as prefeituras, a ala ‘raiz’ da direita baiana esperava representantes das bandeiras conservadoras em cidades estratégicas, o que não ocorreu. Os fracassos nas negociações por espaços em chapas majoritárias também pesaram.

Uma das fontes afirmou, em condição de anonimato, que a articulação para derrubar Roma do PL conta com apoio de parte do diretório nacional, em Brasília. Isso porque a ideia é que a sigla fique nas mãos de nomes como Dra. Raíssa Soares ou do deputado federal Capitão Alden, hoje vistos como principais nomes do bolsonarismo baiano. Ciente do risco que corre, Roma avançou e lançou uma nota, na última semana, condenando alianças com partidos de esquerda nas eleições municipais.

A nota, entretanto, foi considerada por alguns membros do partido como um “tiro no pé”, já que chegou depois que a legenda já havia firmado alianças do tipo.

A permanência de Vitor Azevedo e Raimundinho da Jr, deputados estaduais alinhados ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), também tem pesado. Os bolsonaristas alegam que Roma se sente confortável com a situação, e por isso nada faz para mudar o quadro ou pressionar os parlamentares.

A expectativa é que, caso Roma não consiga reverter sua situação dentro do PL baiano, a sigla passe para as mãos de outro representante nos próximos meses, ainda em 2024.

João Roma disputou o governo da Bahia pelo PL em 2022, ficando na terceira colocação. Antes disso, foi ministro da Cidadania do governo Bolsonaro.



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