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Foto: Betto Jr. / Secom PMS
O prefeito Bruno Reis apareceu na COP 30, em Belém, para assinar um termo de compromisso pela descarbonização via projetos de biometano oriundos de resíduos sólidos. O acordo foi firmado também pela ministra Marina Silva, pelo ministro das Cidades, Jader Filho, e por representantes do Grupo Solví e da Abrema. O prefeito ainda participou de uma palestra sobre encerramento de lixões, energia renovável e justiça climática.
O discurso ambiental do gestor, no entanto, contrasta com o que ocorre em Salvador. A prefeitura é alvo de um inquérito do MP-BA que investiga a renovação do contrato com a Battre, responsável pelo aterro metropolitano, prorrogado por mais 20 anos sem nova licitação. A apuração mira possíveis violações à Lei de Licitações e já se tornou um dos principais constrangimentos da gestão.
Paralelamente, os proprietários do empreendimento também são investigados por crime ambiental. Uma perícia identificou a supressão de cerca de 100 mil m² de vegetação nativa ao longo de mais de uma década, com erosão, degradação do solo e declividades de até 60 graus. A delegada Ana Paula Gomes Ribeiro confirmou danos ambientais contínuos na área próxima ao aterro.
Enquanto defende avanços climáticos em eventos internacionais, Bruno Reis vê crescer a pressão em torno da gestão dos resíduos em Salvador, justamente o tema que o levou à COP 30.



