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Bruno Reis aprendeu rápido: passou a eleição, o povo perde a prioridade. Em seis meses, aumentou a tarifa de ônibus, colocou áreas verdes à venda e assiste, de camarote, a uma greve de professores que já dura dois meses. Agora, decidiu sair do Brasil em pleno São João — sendo prefeito da capital da Bahia.
Ninguém está dizendo que ele não possa viajar. Mas deixar o país justamente na principal celebração popular do estado escancara o quanto Bruno se vê mais como beneficiário do cargo do que como responsável por ele. Não importa pra onde ele foi — importa onde ele não quis ficar.
A revelação feita pelo Política ao Vivo de que Bruno estava na Europa, enquanto sua equipe postava foto antiga no interior da Bahia como se fosse atual, não teve nada de pessoal. Foi um lembrete: não há direitos sem deveres. Bruno Reis saiu sem transmitir o cargo, abandonando o Diário Oficial por uma semana e acompanhado da esposa e do filho. Rodou a Itália antes de chegar ao Vaticano.
Enquanto prefeitos do interior percorriam comunidades e subiam em palcos de forró, o de Salvador virou turista. Nada contra. Mas poderia ter sido também em 2024, ano de eleição, ou 2020.
O problema não é o descanso — é a ausência. Porque quem quer os privilégios do cargo, tem que arcar também com o peso