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Cássio Moreira
Pré-candidato ao governo do estado, ACM Neto (UB) pode perder o apoio de até quatro partidos de sua base aliada nas próximas eleições. As candidaturas do ministro João Roma (Republicanos) e do senador Jaques Wagner (PT) seriam as causas da perda das siglas.
Aliado de longa data de ACM Neto, o Republicanos ainda parece dividido sobre qual posição adotar no período eleitoral. Atualmente, o partido é a casa do ministro da Cidadania, João Roma, que já deixou claro, na última semana, durante agenda em Salvador, que não pretende mudar de sigla para disputar a sucessão de Rui Costa (PT). Na ocasião, Roma disse o Republicanos já estava em tratativas com outros partidos.
“Permaneço no Republicanos, é meu partido pelo qual fui eleito. Estamos em tratativas com o grupo político vislumbrando minha candidatura ao governo da Bahia. O Republicanos junto com o PL e outros partidos tem se movimentado, queremos sim apresentar um novo horizonte. Estar junto na caminhada de Bolsonaro para a reeleição”, disse Roma.
Outro partido que deve apoiar a candidatura de João Roma é o PL. Nova casa do presidente Jair Bolsonaro, a sigla deixou a base de Rui em 2020 para apoiar a candidatura de Bruno Reis (UB) à prefeitura de Salvador. Mas, com a chegada do presidente, uma das suas imposições foi justamente ‘abandonar’ a candidatura de Neto para abraçar o seu projeto no estado. O PL também é visto como uma alternativa para Roma, caso o Republicanos decida permanecer ao lado de Neto.
Recém transformado em bolsonarista ‘raiz’, o PTB também é outra sigla que deve abandonar de uma vez o barco de Neto e embarcar na candidatura de João Roma, deixando sua posição nas eleições de outubro clara desde já.
Por último, o MDB, que voltou a ser cortejado, pode se tornar a baixa mais importante na base de ACM Neto. O partido, que apoiou Bruno Reis nas últimas eleições, e tem caminhado ao lado do ex-prefeito de Salvador, tem conversado com o senador Jaques Wagner, o que tem feito crescer as especulações em torno de uma mudança de ‘time’. Além disso, caciques ainda afirmam estar dispostos a conversarem com todos os postulantes, inclusive João Roma.
Além de formar uma base sólida para uma candidatura, o apoio dos partidos também é tido como uma peça fundamental na corrida eleitoral, já que cada sigla tem tempo de televisão e rádio, que são somados na hora da formação da coligação majortária.