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Foto: Divulgação

Reconhecida como esporte nacional e tombada pelo IPHAN desde 2008, a capoeira movimenta milhões em festivais e eventos no Brasil e exterior.



Realidade distante de muitos capoeiristas em Salvador, que mal têm espaço para treinar e mostrar sua arte. Indignados com essa situação, um grupo de mestres e contramestres resolveu se juntar em torno de uma nova entidade, a União dos Grupos de Capoeira – Bahia, que será lançada no sábado (21), às 17h, no Farol da Barra.

A iniciativa reúne capoeiristas dos bairros Sussuarana, Trobogy, Lobato, Fazenda Grande do Retiro, Brotas e Engenho Velho de Brotas, Calabar, Mirante de Periperi, São Caetano, Santo Agostinho, Barros Reis, Uruguai e Garcia. A pauta é única: defesa do fomento ao esporte através de políticas públicas, ensino da capoeira nas escolas, construção de centros de treinamento, reativação dos corredores turísticos, auxílio-alimentação e atenção especial para os mestres mais velhos, que chegam à aposentadoria sem um suporte previdenciário

“Salvador tem mais grupos de capoeira do que escolinhas de futebol. Temos de revitalizar os espaços abandonados da cidade, dar oportunidade aos capoeiristas de bairro. Capoeira é cultura, resistência, assim como a dança afro e o candomblé, mas no dia a dia enfrentamos dificuldades, intolerância e perseguição, isso é racismo velado”, diz o professor Luis Paulo Nogueira (Lupa).

Para o presidente licenciado da UGT-BA e candidato a vereador em Salvador, Marcelo Carvalho, “o trabalhador da capoeira deve ser valorizado, pois exerce papel importante de preservar nossas tradições e nossas ancestralidades”. Sensível aos problemas que a comunidade enfrenta, o sindicalista colocou a capoeira como prioridade na sua campanha e decidiu apoiar a criação da UGC-BA.

O projeto de criação da UGC-BA conta com a consultoria dos mestres Ary Passos, Lancha, Del, Pinauna, Albatroz, Andrey Vitor, Beto, W.Cruz, dos contramestres Mingo Capoeira, Gleidison, Touro, Fábio Kalango, Branco Dendê, Fofão e Saravá e dos professores Joel e Caveira. Além de promover a capoeira e defender mecanismos para o seu incentivo e valorização dos profissionais, também prevê orientação para quem deseje se tornar um MEI e oferta de cursos voltados à elaboração de projetos culturais.



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