
Foto: Manu Dias/GovBA
A Controladoria-Geral da União (CGU), que auxiliou a Polícia Federal na Operação Metástase, desta quinta-feira (19), na Bahia, informou que a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) continuou repassando recursos para a O.S. [Organização Social] responsável pela administração do Hospital Regional de Juazeiro mesmo o pagamento sendo condicionado à avaliação do desempenho e do atingimento das metas previstas no contrato.
Os investigadores descobriram que a O.S. não estava cumprindo o que constava nos sucessivos contratos assinados com o Governo da Bahia.
“Os recursos eram também utilizados para custear serviços que não estavam previstos no contrato de gestão, tais como aluguéis residenciais e despesas com viagens de alguns funcionários, configurando, assim, uma concessão de benefícios a seu corpo técnico com fundos que deveriam ser direcionados à execução das ações em saúde. Além disso, foi possível constatar a precarização do atendimento à população, devido à falta de equipamentos, materiais e insumos indispensáveis à realização dos procedimentos médicos e ambulatoriais”, diz nota enviada pela CGU.
Durante a investigação, foi identificado que o hospital não tinha nem água potável para os pacientes internados, por exemplo.
Em nota, a Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE) informou que está acompanhando a operação, na sede da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), onde está sendo cumprido um mandado de busca e apreensão de documentos relacionados ao Hospital Regional de Juazeiro e às instituições IBDAH e APMI.
“A orientação é a de garantir o fiel cumprimento da decisão judicial, considerando que o Estado da Bahia é o maior interessado nos esclarecimentos dos fatos”, diz a nota enviada pela PGE.