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Com alta na rejeição, denúncias de licitações suspeitas e afastamento de ACM Neto, o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis, já está sendo comparado ao ex-gestor da cidade, João Henrique Carneiro.
O Política ao Vivo apurou que Bruno rompeu com várias figuras ligadas a Neto. Alguns desses nomes próximos do presidente nacional do DEM chegaram a retirar os indicados da gestão estadual em protesto ao atual prefeito.
A comparação com João Henrique, dono da maior rejeição entre os ex-prefeitos de Salvador desde a década de 90, é feita pelos próprios caciques de partidos aliados da Prefeitura. Em reservado, muitos reclamam que Bruno está se comportando da exata forma que sempre rejeitou.
Um integrante atual da equipe de ACM Neto, em conversa com a reportagem, expressou, na semana passada, a preocupação de que o esfarelamento precoce da aprovação de Bruno Reis prejudique a campanha de Neto ao Governo do Estado, no ano que vem.
“João Henrique tinha um jeito muito peculiar de governar. O que ele prometia de manhã, não cumpria à tarde. E não tinha nenhuma dor na consciência de transformar aliados em adversários”, disse uma fonte, sob anonimato.
Um vereador da base aliada de Bruno Reis vai mais além. Também sem se identificar, acha que o problema do transporte público de Salvador pode acabar “engolindo Bruno Reis” antes dos seis primeiros meses de mandato. Há uma semana, a gigante CSN chegou a se referir ao atual prefeito como “incompetente e arrogante”.
“Jamais fariam isso com Neto, mesmo sob as mesmas circunstâncias”, opinou, relacionando os adjetivos ao atual momento de rejeição de Bruno.
Outra notícia que acabou abalando Bruno Reis foi a de que o escritório de advocacia de seu irmão, Michel Reis, conseguiu um contrato com a Prefeitura de Teixeira de Freitas, administrada pelo DEM. “É o tipo de notícia que automaticamente liga a atual gestão ao passado que o cidadão tem tanto medo”, falou ao Política ao Vivo um ex-assessor da Prefeitura.