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Fotos: Divulgação/Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
A possível ascensão de Elmar Nascimento (União Brasil) ao comando da Câmara dos Deputados, como tem sido especulado recentemente, a partir de 2025, pode também significar o retorno da política baiana ao mais alto posto do Legislativo brasileiro após um período de quase 30 anos. O último baiano a sentar na cadeira foi Luís Eduardo Magalhães (m.1998).
Filho do então senador Antônio Carlos Magalhães, Luís Eduardo foi eleito presidente da Câmara Federal em 1995, na nova legislatura da Casa. No ano anterior, o deputado, que já gozava de poder político desde o governo Fernando Collor de Mello, foi uma das peças fundamentais para a aliança entre PFL e PSDB, crucial para a vitória do ex-ministro Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o Planalto.
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Já como presidente da Câmara, Luís Eduardo continuou sendo peça chave para a aprovação de pautas importantes do governo FHC. Além disso, o parlamentar baiano, que fez dobradinha com o pai no Congresso Nacional (ACM comandou o Senado Federal no mesmo período), sempre teve livre trânsito e boas relações com deputados de outros campos políticos. A amizade com o hoje senador Jaques Wagner (PT), adversário histórico dos últimos anos do ‘carlismo’, por exemplo, sempre foi pública.
Luís Eduardo Magalhães deixou a presidência da Câmara em 1997, como prevê o regimento da Casa. Em 1998, quando já era pré-candidato ao governo baiano, Luís Eduardo morreu com apenas 43 anos. Caso seja o escolhido de Arthur Lira (PP), o que já é dado por aliados como certo, Elmar pode ser o primeiro nome baiano a presidir a Câmara Federal no século.
