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Reprodução/ Valter Pontes
Salvador foi apontada pelo Censo 2022 como a segunda capital menos arborizada do Brasil, atrás apenas de Belém. A revelação acende o alerta sobre a grave escassez de áreas verdes na cidade, num momento em que a gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil) é marcada justamente pela venda de terrenos públicos — incluindo áreas verdes em diversos bairros.
Críticos têm apelidado o gestor de “prefeito motosserra”, em referência à ofensiva contra espaços que poderiam ser preservados como áreas de lazer e proteção ambiental.
A pressão da sociedade civil e de entidades ambientais tem sido constante, e recentemente a Justiça impediu a venda de uma dessas áreas, localizada na Barra, um dos bairros mais valorizados da capital. A decisão judicial apontou risco de dano irreversível ao meio ambiente e reforçou a necessidade de preservar os poucos espaços arborizados que ainda restam na cidade.
Diante das críticas, Bruno Reis tem alegado que os terrenos vendidos estão “sem vegetação” e que os recursos arrecadados serão usados para investimentos na cidade. No entanto, essas justificativas têm sido amplamente contestadas por ambientalistas e urbanistas, que acusam a gestão de promover um modelo de desenvolvimento excludente, que ignora a importância da arborização urbana.
