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O levantamento divulgado pelo Política ao Vivo nesta terça-feira (07) do tempo de televisão que cada candidato a governador na Bahia pode ter, em 2022 (veja aqui), mostra que o estrago provocado por João Roma (Republicanos) à candidatura de ACM Neto (DEM/UB) pode ser o pior do que o calculado inicialmente.
Se conseguir ser o candidato do Republicanos ao Governo da Bahia com o apoio do PL – dois partidos dados como certos na coligação de ACM Neto até o ano passado -, João Roma tira 1 minuto e 10 segundos de ACM Neto na propaganda eleitoral gratuita de TV e rádio. Contando com o PTB (12,34) na coligação, esse tempo subiria para 1 minutos e 22 segundos.
Sem João Roma na disputa, ACM Neto assumiria o tempo de Republicanos e PL em sua coligação, fato que o colocaria como o candidato de maior exposição na propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV, com 5 minutos e 10 segundos (com o MDB), mais de 1 minuto à frente de Jaques Wagner. Sem esses dois partidos e também com a perda do MDB, Jaques Wagner assume a dianteira com mais de 1 minuto de diferença para Neto. Em um estado grande e pobre como a Bahia, a propaganda gratuita de rádio e TV tem grande relevância para a eleição.
Com 13% das intenções de voto quando seu nome é colado ao do presidente Jair Bolsonaro, na pesquisa do Instituto Paraná, Roma se tornou uma peça valiosa para o Republicanos, que antes sequer cogitava a possibilidade de apoiar seu nome ao Governo.
Agora, a depender do desempenho projetado para o ministro da Cidadania, o partido espera aumentar a bancada federal de deputados eleitos (atualmente são dois) e estaduais. Um candidato capaz de formar uma bancada considerável. Logo, atualmente, com o fim das coligações proporcionais, seria mais vantajoso ao Republicanos lançar Roma do que apoiar ACM Neto.