Foto: Divulgação / GOVBA

Com o crescimento da média móvel de casos de pessoas infectadas pelo coronavírus na Bahia, o estado passou a registrar 74% de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Segundo o secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, o percentual está próximo do considerado “sinal vermelho”, que configura-se a partir de 75%. Apesar da proximidade com o sinal vermelho, o número é visto como adequado.



“[O sinal] Vermelho é acima de 75%. A gente chega em 75, 76% e faz um esforço grande para poder trazer para baixo. Hoje nós estamos com 74. Do ponto de vista médico, uma unidade de UTI que tenha 85 a 90%, é um número adequado. Menos que isso é desperdício de leito, mais que isso significa que a pressão de leitos é muito grande. Teoricamente, qualquer coisa abaixo de 85 a 90% é adequado”, disse Vilas-Boas, em entrevista à TV Bahia.

Em relação ao crescimento da média móvel dos casos, o secretário disse que a alta já era prevista entre o final de 2020 e o começo de 2021.

“Essa é uma elevação prevista. A gente já vinha sinalizando que no final do ano passado, com os festejos de final de ano, as equipes entraram em feriado. No começo do ano, as equipes de vigilância dos municípios estavam sendo trocadas, então havia uma redução artificial das notificações que começaram a ser desovadas agora. Além disso, nós tivemos também um problema nos sistemas de comunicação, um problema de informática, que resultou no acúmulo, no começo do mês, de uma quantidade significativa de casos”, comentou.

Apesar da alta no número de casos, a Bahia ainda não registrou o mesmo fenômeno em relação ao número de internações.

“Nós não estamos observando, até o momento, um aumento da taxa de internação. Mesmo que esse número de casos novos notificados e casos ativos seja o reflexo de um aumento de contágio do que aconteceu no final do ano, isso não se reflete em uma maior necessidade de internação, o que pode estar associado a pessoas mais jovens que estão respondendo com saúde adequada à infecção, não precisa internar”, explicou o secretário.





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