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Foto: Reprodução / Youtube
Ainda sem data oficial para acontecer, mas já aprovada pela categoria, a greve dos rodoviários do transporte público de Salvador, deliberada na última quinta-feira (11), pode se tornar uma verdadeira bomba relógio para o prefeito Bruno Reis (União Brasil) pouco mais de um ano antes da sua tentativa de reeleição.
A crise do setor não é fato novo. Desde 2021, com a extinção da CSN, Bruno e os rodoviários travam uma queda de braço que tem gerado desgaste para a administração municipal. As lideranças dos profissionais alegam que Bruno não tem dado a atenção devida ao impasse. Na quinta, após a declaração do estado de greve, sem data para iniciar, o representante dos rodoviários e vereador Tiago Ferreira (PT) pediu que Bruno desaproprie as áreas que pertencem a antiga concessionária.
Bruno Reis vai à festa de Neto em Brasília, e rodoviários decretam greve em Salvador
Internamente, a gestão de Bruno já é vista como desgastada, além de lidar com outros problemas. A falta de identidade, por exemplo, já foi mencionada por aliados, que apontam que o prefeito vive e convive com a sombra do antecessor, ACM Neto (União Brasil), tido ainda por parte da base como o ‘candidato ideal’ para disputar a prefeitura em 2024, o que poderia tirar o atual gestor do páreo e da tentativa de reeleição. Pesa contra Bruno Reis ainda as pesquisas internas que apontam uma baixa avaliação da sua gestão, o que abre margem para um cenário diferente de 2020, quando foi eleito com folga.
Um novo desgaste com os rodoviários com uma ‘eleição na porta’ pode fazer com que o prefeito chegue para o pleito de 2024 com a imagem ainda mais arranhada. Vale lembrar que dentro do grupo governista, a expectativa é que o presidente da Conder, José Trindade, seja o adversário do prefeito pelo PT, e a crise do transporte público na capital pode se tornar uma ferramenta poderosa de ataque contra o Palácio Thomé de Souza.
A greve deve ocorrer na próxima semana, caso um acordo atendendo as demandas da categoria não seja realizado.
