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Presa na Operação Faroeste em dezembro de 2020, a desembargadora Ilona Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), escreveu uma carta denunciando o procurador-geral da República, Augusto Aras, e a subprocuradora da República, Lindôra Araújo, responsável pelas denúncias e investigação contra venda de sentenças no Judiciário baiano.
A desembargadora se diz inocente e que foi presa por não aceitar “comprar” sua “imunidade”, proposta pelo advogado chamado José César Souza dos Santos Oliveira, para não ser envolvida na operação conduzida por Aras, sob o custo de R$ 1 milhão. Além disso, Ilona Reis afirma que César Oliveira, sempre recebia em seu apartamento o pai de Augusto Aras, Roque Aras. Eles teriam sido apresentados em uma dessas visitas, ainda no primeiro semestre de 2020. As informações são da revista Crusoé.
De acordo com Ilona, ele a propôs fechar uma delação premiada e entregar um grupo de 15 pessoas, entre eles, desembargadores e autoridades políticas.
Dentre os delatados por Ilona, deveriam ser incluídos Jaques Wagner, Carlos Suarez e Ronaldo Carletto, estes últimos, dois grandes empresários baianos, sob pena das negociações emperrarem na Procuradoria-Geral da República (PGR). A desembargadora afirma que essa nova proposta também não avançou porque ela não tinha o que delatar contra as pessoas mencionadas.
No caso do senador petista, ela teria que falar da “ingerência” dele no tribunal, para o qual nomeou nove desembargadores durante o período em que governou a Bahia, entre 2007 e 2014.