O coordenador geral do Movimento Trem de Ferro e diretor executivo do Grupo Ambientalista da Bahia (Gamba), Gilson Jesus Vieira, enviou ao presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lourival Trindade, na manhã da última quarta-feira (3), uma carta falando sobre a desativação do trem do subúrbio, no próximo dia 15.
No documento, Gilson explica a importância do trem, que será substituído pelo VLT, e faz um apelo pela manutenção do transporte, que custa R$ 0,50 e é usado por grande parte da população que mora na região.
A carta também manifesta insatisfação com o Governo do Estado, que cumpriu a decisão do TJ-BA e não colocou transportes alternativos, como novas linhas de ônibus, para ajudar na mobilidade.
“O governador não cumpriu uma liminar do Tribunal de Justiça que solicita uma alternativa para os passageiros do trem, que não têm condições de pagar passagem de ônibus […] Tem muita gente sempre emprego. Sem o trem, será uma tragédia social”, dizia parte da carta, que ainda sugere a revitalização do trem como alternativa ao VLT.
“A ferrovia é um patrimônio dos brasileiros, que tem de ser revitalizada, é assim. Em outros estados brasileiros, assim também em outros países. Arrancar trilhos em nosso país é crime. Promover desemprego em uma pandemia também é crime. 300 funcionários já estão demitidos na CTB […] Optar pela revitalização da ferrovia causa menos transtornos para a população. O trem pode circular durante as obras e o custo é cinco vezes menor que a implantação desse monotrilho que o governo insiste em dizer que é VLT”, dizia outra parte da carta.