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Em um mundo cada vez mais marcado pela contemporaneidade, é fácil sentir que tudo já foi vivido e explorado. Mas o que nos reserva o “amanhã”? Esta questão, que pode ser tanto literária quanto futurista, traz uma inquietação sobre o futuro que se desenha.
Em um mundo cada vez mais marcado pela contemporaneidade, é fácil sentir que tudo já foi vivido e explorado. Mas o que nos reserva o “amanhã”? Esta questão, que pode ser tanto literária quanto futurista, traz uma inquietação sobre o futuro que se desenha.
Transformações no cenário político
Na política, um arsenal de mudanças já está em curso, alterando o panorama. Nos próximos anos, a direita e a centro-direita devem se consolidar como duas frentes competitivas, enquanto a esquerda se torna cada vez mais dependente de um único líder. Este líder, embora seja um ícone vivo e quase imortal, enfrenta dificuldades para captar as demandas de um tempo em que a velocidade e a complexidade das mudanças são maiores do que nunca, não conseguindo alcançar a grandeza exigida pelos tempos atuais. Já o centro, por sua vez, não terá força para apresentar candidatos viáveis em um embate que se assemelha a uma final de campeonato.
Algo já é visível nesse cenário: a “velha política” continua a enxergar as entrelinhas com a mesma perspectiva de alguns anos atrás, o que revela uma leitura ultrapassada da realidade. Para ela, o jogo de poder e as estratégias se mantêm inalterados; entretanto, em um mundo de transformações rápidas, esse modo de operar já não oferece o mesmo desempenho de outrora.
O novo perfil do eleitorado
O eleitor de hoje já não cultiva o mesmo fanatismo político de outras épocas. De maneira quase geral, cada indivíduo busca atender aos próprios interesses, agindo de forma pragmática e sem o engajamento cego de antes. Nesse contexto, marqueteiros, gurus, cientistas políticos, líderes tradicionais e estrategistas precisarão reformular seus discursos, aprendendo a falar diretamente com cada indivíduo, mas de modo que a mensagem ressoe no coletivo.
A revolução do indivíduo
Por fim, resta a reflexão sobre o verdadeiro protagonista desse novo cenário: o ser humano. A próxima revolução poderá estar centrada no “gente como a gente”, ou seja, em cada indivíduo. Em meio a tantas transformações, o ser humano, com todas as suas particularidades e complexidades, parece estar no centro da história. Afinal, será ele a força que determinará o que virá.