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TV Globo / Agência Senado

Integrante da CPI da Covid, o senador Otto Alencar (PSD) afirmou, nesta quarta-feira (20), em coletiva antes da sessão da Comissão, que a nova versão do relatório do senador Renan Calheiros (MDB), com 66 indiciados por crimes durante a pandemia, é “robusto” e aponta todos os crimes praticados.



A versão anterior do relatório havia sido palco de divergências entre os senadores. Um dos pontos polêmicos do primeiro texto, retirado no segundo, é o indiciamento por genocídio contra os povos indígenas, sugerido por Renan, que agora está incluso em “crimes contra a humanidade”.

“O relatório do senador Renan é um relatório robusto, que tem todas as ações que foram realizadas pelo conjunto dos senadores ao longo desses seis meses e que mostrou os crimes que foram praticados, tipificados, de acordo com o que está no Código Penal”, disse o senador, que ainda fez um balanço sobre a CPI e disse que o Senado mostrou crimes de corrupção, descasos e obrigou o presidente Jair Bolsonaro a comprar vacinas.

“A CPI mostrou corrupção, improbidade administrativa, advocacia administrativa. Mostrou o descaso com as ações para o controle da doença. Não fez barreira sanitária, estimulou a imunidade de rebanho e medicamentos ineficazes. O resultado é que o governo hoje é responsável por mais de trezentas e tantas mil mortes que poderiam ter sido evitadas, se a vacinação começasse em dezembro de 2020, e poderia ter começado lá atrás já com a Pfizer e com a Coronavac”, continuou Otto.

“A CPI obrigou Bolsonaro a comprar vacina e acabar com a negação de não entender que essa é uma doença que só pode ser controlada com a vacina. Bolsonaro negou o tempo inteiro isso. Inclusive ele desqualificou a Pfizer e a CoronaVac”, completou o senador.

Durante a CPI, Otto se tornou alvo dos apoiadores e simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro, além de protagonizar discussões em algumas sessões, como quando questionou a médica Nise Yamaguchi e saiu em defesa da senadora Simone Tebet.



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