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A chegada do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz, ao PSDB, pode trazer um efeito contrário do que foi planejado pelos aliados do prefeito Bruno Reis. Ao invés de atrair o chefe do Legislativo, o grupo pode perder o apoio dos ‘tucanos’ e de mais três partidos no ‘efeito Muniz’.
Nomes ouvidos pelo Política ao Vivo afirmam que Muniz, que já reforçou sua posição de apoiar uma possível candidatura de Geraldo Júnior (MDB) à prefeitura de Salvador, deve levar para o bloco liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) o Cidadania, que faz parte de uma federação partidária com o PSDB. É importante frisar que o vereador Joceval Rodrigues, filiado ao Cidadania, já migrou para a base de Jerônimo, e perdeu o comando estadual da sigla para Isabela Sousa, próxima de Bruno.
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Além do PSDB e Cidadania, PSC e Podemos também flertam com o grupo governista estadual. Principal nome do PSC, o ex-vereador Heber Santana rompeu com ACM Neto (União Brasil) e assumiu a Defesa Civil do governo Jerônimo, ainda que a sigla tenha permanecido na base de Bruno no plano municipal. O mesmo caminho tem sido traçado pelo Podemos com o deputado federal Raimundo da Costa, que apoiou ACM Neto e Bolsonaro (PL), mas já se aproximou do governador. PSC e Podemos caminham para uma fusão e, no futuro, uma federação com PSDB e Cidadania.
O plano, segundo os mesmos nomes escutados pela reportagem, é fazer com que os quatro partidos caminhem juntos para o lado de Jerônimo, o que fortalece a candidatura de Geraldo Júnior, caso saia do papel.
Caso a ideia seja levada para frente, Muniz pode levar cerca de oito ou nove vereadores da base para o grupo político de Jerônimo. O número, porém, deve ser menor por causa da janela partidária que será aberta no próximo ano, o que ameniza uma grande debandada de parlamentares aliados a Bruno.