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Três anos antes e sem nenhuma pré-candidatura pública, já foi dada a largada por duas das três cobiçadas cadeiras do Senado Federal que estarão em jogo em 2026. Com base em notícias recentes, declarações e conversas com aliados e lideranças política, o Política ao Vivo traz em primeira mão os principais nomes que podem aparecer nas urnas para os baianos.
Elmar Nascimento
Provável sucessor de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados em 2025, Elmar Nascimento já tem o nome especulado para disputar o Senado desde 2021. Antes da fusão que deu origem ao União Brasil, Elmar estava negociando com o extinto PSL para assumir a sigla no estado e ser candidato a senador na chapa encabeçada por ACM Neto (União Brail). Com a formação da legenda por meio da junção do DEM com o PSL, o deputado ficou no mesmo partido e recuou da candidatura.
O parlamentar, entretanto, é apontado, inclusive por aliados políticos, como forte player para a disputa do Senado em 2026. Além de poder compor em uma nova chapa majoritária encabeçada por ACM Neto, Elmar Nascimento também pode surpreender conseguir e cavar uma vaga na chapa do governador Jerônimo Rodrigues (PT), caso continue próximo ao ministro Rui Costa (PT) e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Otto Filho e Angelo Coronel
Dono de duas das três cadeiras baianas no Senado, o PSD tem uma interessante disputa interna para 2026: Otto Alencar Filho e Angelo Coronel rivalizam, ainda que de forma discreta, pela vaga. Filho do senador Otto Alencar, reeleito em 2022 para um mandato até 2030. O entendimento, no entanto, é que o parlamentar não vai mais tentar a reeleição no próximo ciclo, o que desperta em Otto Filho o interesse em manter uma das vagas para o ‘clã’ e fazer uma espécie de transição. Com o filho candidato e eleito em 2026, o político não precisaria tentar um terceiro mandato no pleito de 2030.
A vaga por direito, entretanto, é de Angelo Coronel. Eleito em 2018 com Jaques Wagner (PT), o senador tem deixado em aberto se vai para um novo mandato ou se vai se aposentar após o ciclo de oito anos, como apostam alguns políticos consultados pelo Política ao Vivo. Apesar do pleito ter duas vagas garantidas, a tendência é que o PSD ocupe apenas um espaço. A ‘guerra fria’ entre os clãs Alencar e Coronel deve ganhar força quando a eleição se aproximar.
Ronaldo Carletto
A mudança de partido de Ronaldo Carletto, que deixou o PP para assumir o comando do Avante no estado, tem um grande objetivo: viabilizar o nome para disputar o Senado em 2026. É essa avaliação que deputados e políticos próximos fazem da atitude do ex-deputado federal e empresário. Nas últimas semanas, Carletto intensificou a onfensiva e levou um exército de prefeitos e vice-prefeitos para a nova casa, sendo grande parte ex-pepistas. A aposta é que usa todo o capital político para atrair ainda mais lideranças, como deputados estaduais e até federais, e assim colocar o nome como uma forte opção para a chapa de Jerônimo Rodrigues.
Elmar se aproxima de Rui Costa e pavimenta caminho para aliança ‘mortal’ a ACM Neto
Carletto foi suplente na chapa que teve Cacá Leão candidato ao Senado em 2022. Apesar da aproximação com o grupo liderado por ACM Neto (União Brasil) na ocasião, Carletto se reaproximou rapidamente do bloco liderado por Rui, Jaques Wagner e Jerônimo. Rui e Jerônimo, inclusive, são tidos como os responsáveis pela ida do ex-deputado para o Avante.
Rui Costa e Jaques Wagner
O ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner também podem travar uma pequena competição para garantir uma vaga na chapa para o Senador, que deve permanecer com o PT. Líder do governo Lula no Senado, Wagner, assim como Coronel, com quem foi eleito em 2018, não definiu o futuro político. Deputados e lideranças políticas apostam que o petista não deve tentar renovar o mandato. A ideia ganhou força após o recuo de Wagner na eleição para o governo no ano passado, encarado como um claro sinal de que pode se ‘aposentar’ das urnas.
Na contramão do que pensam de Wagner, o titular da Casa Civil do governo Lula tentou emplacar uma candidatura ao Senado em 2022. A estratégia envolvia até o nome de Otto, titular da vaga em jogo, ao governo, o que acabou não prosperando. Para acomodar uma chapa ‘perfeita’ e equilibrada, Rui ou Wagner terão que abrir mão da cadeira.