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Fotos: Ricardo Stucket / Reprodução Instagram

Aliados do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, acreditam que a estratégia de colar o nome dele ao de Lula, durante a campanha para o Governo do Estado, pode garantir sua vitória ainda no primeiro turno.

A mesma tática, porém, foi adotada em 2006 pelo carlismo, quando o então candidato Paulo Souto tentou colar sua imagem a de Lula, na época candidato à reeleição. A estratégia confrontava diretamente a candidatura de Jaques Wagner, que tentava ser eleito governador com o apoio de Lula.



Para frear o crescimento da dobradinha “Paulo Souto-Lula”, o então presidente veio a Feira de Santana e fez ataques duros a ACM, deixando claro que estava caminhando com Wagner e não com o seu candidato ao Governo.

Sem citar o nome do senador, disse que um político “antigo da Bahia” costumava “bater na mesa” para ser recebido por presidentes. “Comigo é diferente, não tenho medo de cara feia e, se ele quiser que eu o receba, vai ter que me respeitar. Para mim, ele não é o leão do Nordeste, como já foi chamado, mas um hamster”, disse Lula.

Em Salvador, um dia antes, Lula também ironizou o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL), chamando-o de “nanico e baixinho”.

Em 2006, como todos sabem, Jaques Wagner foi eleito governador mesmo lutando contra a máquina do governo, que detinha mais de 350 prefeitos, e elegeu seu senador, João Durval. Lula foi reeleito presidente com ampla vantagem na Bahia.

Grande parte dos petistas creditam à estratégia de ataque direto de Lula a ACM, ACM Neto e Paulo Souto como decisiva para que o nome de Wagner passasse a subir nas pesquisas. Ele venceu a eleição no primeiro turno.



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