No ano passado, o jornal Folha de São Paulo contou a história por de trás posse do cantor Gilberto Gil como vereador de Salvador, em 1989.
Na verdade. Gil queria ser prefeito da capital baiana há 30 anos, mas não conseguiu. Ele chegou a se filiar ao PMDB, do então governador Waldir Pires e do prefeito de Salvador Mário Kertész, mas não conseguiu convencer a ala mais conservadora do partido.
“Para tentar arrefecer as críticas dos conservadores do PMDB, trocou as batas por ternos e até engajou-se em campanhas partidárias”, diz a reportagem.
O PMDB se dividiu, resultando no rompimento entre Waldir Pires e Kertész. O PMDB acabou lançando Fernando José, nome apoiado pela ala mais conservadora, enquanto Waldir Pires apoiou o ex-prefeito Virgildásio de Senna, que migrara para o recém-criado PSDB.
Fernando José venceu a eleição e até hoje é lembrado como um dos piores prefeitos da história de Salvador.
Gilberto Gil foi candidato a vereador e venceu a eleição com mais de 11 mil votos, sendo o mais votado naquele ano.
“Na Câmara, assumiu o comando da recém-criada Comissão de Meio Ambiente e lançou o movimento Ondazul, dedicado à preservação das águas. Nos anos seguintes, deixou o PMDB e migrou para o PV, partido ao qual é filiado até hoje”.