
Foto: Secom/Gov
O CEO da Biogeoenergy, Paulo de Tarso, em depoimento obtido com exclusividade pela reportagem do Bahia Notícias, acusou o ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, de ter recebido propina na compra mal feita de respiradores para o Consórcio do Nordeste.
Paulo de Tarso diz que “tem certeza absoluta que Bruno Dauster recebeu verba ilícita na contratação da Hempcare, considerando que o envolvido nunca se mostrou verdadeiramente interessado em resolver a situação, com a efetiva entrega dos respiradores ao Consórcio do Nordeste ou com a devolução do dinheiro”.
A Biogeoenergy foi a empresa escolhida pela Hemcare, intermediária contratada pelo governo do estado para comprar respiradores, para entregar os equipamentos. A Biogeoenergy recebeu R$ 24 milhões da Hempcare para produzir os respiradores, mas quando os entregou ao governo, eles não foram aceitos.
Em nota divulgada antes do depoimento vazar, Bruno Dauster negou qualquer irregularidade da sua parte das negociações pela compra de respiradores para o Consórcio do Nordeste.
“Conduzi os principais projetos estruturantes do Estado da Bahia, durante seis anos, sem que pairasse qualquer dúvida quanto à minha probidade e conduta. Jamais pratiquei ou propus qualquer ato que gerasse prejuízo para o Estado. No caso que é objeto desta investigação, sempre busquei o melhor negócio para o Estado e para os cofres públicos. Portanto, não são verdadeiras as inferências que estão sendo veiculadas a meu respeito através da imprensa”, diz.