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A população de Itaberaba começa a conhecer, com clareza, a herança maldita deixada pelo ex-prefeito Ricardo Mascarenhas. Um verdadeiro rastro de desordem, endividamento e descaso com o dinheiro público. Segundo levantamento técnico apresentado pela atual gestão, os cofres do município foram deixados com um rombo que ultrapassa R$ 161 milhões de reais — valor superior ao orçamento anual de diversas cidades baianas.
Os dados, baseados em análise de viabilidade orçamentária e documentos oficiais enviados ao TCM-BA, revelam uma gestão sem controle fiscal, sem planejamento e, acima de tudo, sem compromisso com a responsabilidade administrativa.
Entre os números mais escandalosos:
• R$ 39,5 milhões de dívida com o INSS, parte dela fora de qualquer parcelamento.
• R$ 32,5 milhões de rombo no ITAPREV, comprometendo a aposentadoria de servidores municipais.
• R$ 64,8 milhões de dívidas com empréstimos contraídos na Caixa Econômica Federal, que agora precisarão ser pagos até 2032.
• R$ 5,1 milhões em restos a pagar deixados no fim do mandato, sem previsão orçamentária.
• R$ 2,3 milhões de valores retidos indevidamente, que deveriam ser repassados a órgãos como INSS e Receita.
Outro absurdo: havia apenas R$339 mil reais em caixa disponíveis para uso livre quando a nova gestão assumiu a Prefeitura. Isso representa apenas 2,5% dos recursos totais — o restante está travado em contas vinculadas que não podem ser utilizadas para pagar despesas básicas ou débitos pendentes.
Como se não bastasse, o ex-prefeito ainda lançou, em 2024, um concurso público sem qualquer estudo realista de impacto financeiro. O edital ignorou obrigações como 13º salário, férias, encargos patronais e gratificações legais — um erro técnico grave, que pode gerar um rombo adicional de quase R$ 4 milhões por ano aos cofres da Prefeitura.
Além disso, às vésperas de deixar o cargo, Mascarenhas assinou um decreto para “cancelar” R$ 6 milhões em dívidas com fornecedores, sem processo administrativo válido e sem o reconhecimento do TCM, levantando suspeitas de maquiagem fiscal e tentativa de manipulação das contas públicas para evitar rejeição de sua gestão.
A atual administração já pagou mais de R$ 1,4 milhão em dívidas herdadas e vem reorganizando os contratos e reestruturando as finanças da cidade.
“Itaberaba foi entregue como um carro sem freio numa ladeira. Endividada, desorganizada e sem condições básicas de funcionamento. Mas com trabalho sério, estamos colocando ordem na casa. O povo merece saber a verdade”, declarou o prefeito João Filho.
A gestão atual também estuda ingressar com ações de responsabilização jurídica contra os responsáveis, além de encaminhar todo o relatório ao Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) e ao Ministério Público.