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O secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, se manifestou contrário à decisão da Agência Nacional Vigilâcia Sanitária (Anvisa), que reprovou o pedido excepcional para a importação da vacina Sputnik V, na última segunda-feira (26).
Em entrevista à TV Bahia, nesta terça-feira (27), Vilas-Boas afirmou que a posição da Anvisa mostra uma desconexão com a realidade vivida e disse que o órgão não pode apenas pedir mais documentos e alegar que os imunizantes podem oferecer riscos à saúde.
“A decisão da Anvisa era esperada, não tinha nenhuma dúvida que ela viesse a dar outro parecer, um parecer que é coerente com tudo que ela vem dizendo até então. A simples ida deles a Moscou não iria resolver a infinidade de questionamentos e documentos que eles solicitaram. A estimativa da da nossa área técnica em parceria com a equipe da Bahiafarma é que a demora seja em torno de seis meses para conseguir responder a quantidade de questionamentos. Existe uma desconexão da realidade do que nós vivemos com as exigências que a Anvisa está fazendo. O ministro Lewandowski, muito inteligente, proferiu uma sentença na qual ele diz que a Anvisa não pode simplesmente estar alegando potenciais riscos e exigindo mais e mais documentos”, disse o secretário, que ainda completou.
“O ministro foi muito claro ao dizer que a Anvisa não pode simplesmente continuar afirmando que há ausência de documentos, benefícios e segurança. O que nós assistimos ontem na apresentação dos diretores dos técnicos da Anvisa foi um desfile de tecnicalidades, batendo na mesma tecla: ‘eu não sei’ ‘tenho receio’ ‘pode ser’ ‘talvez” (…) A decisão de ontem não atende a determinação do ministro Lewandowski, não prova informações de riscos e ameaças, apenas alega, faz alusão a potenciais riscos que não estão sendo confirmados na prática”, finalizou.