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Prevista para terminar na próxima quinta-feira (18), a intervenção da Prefeitura de Salvador na Concessionária Salvador Norte (CSN) – uma das empresas que compõem o Consórcio Integra do transporte público da capital – é o que garante o emprego de pelo menos três mil rodoviários.
O Política ao Vivo apurou que, com o fim da intervenção, pelo menos 60% do quadro de funcionários da CSN, composto por 4 mil pessoas, será desligado da empresa. O drama é ainda maior se considerado que, segundo as previsões feitas por técnicos da Prefeitura, boa parte desses trabalhadores terá que ir à Justiça para conseguir o direito aos recursos da rescisão.
O prefeito Bruno Reis (DEM) confidenciou a aliados, em reuniões nas últimas semanas, que a situação é alarmante e a Prefeitura não tem como bancar a conta. Os valores das rescisões contratuais com os rodoviários estão próximo dos R$ 100 milhões. Nem a CSN nem a gestão municipal dispõem dos recursos.
Bruno Reis já foi a Brasília para tentar liberar dinheiro federal para o transporte público de Salvador. Em dezembro, porém, o presidente Jair Bolsonaro vetou um Projeto de Lei (PL) aprovado no Congresso Nacional que previa repasse de R$ 4 bilhões da União para assegurar a prestação do serviço de transporte público e coletivo em cidades com mais de 200 mil habitantes.
Em nota enviada à reportagem do Política ao Vivo, a Secretaria de Mobilidade de Salvador informou que há a possibilidade de renovação da intervenção na CSN. “Até o momento, a Prefeitura já repassou cerca de R$ 78 milhões à empresa”, acrescenta a nota.