O ex-ministro baiano, Geddel Vieira Lima (MDB) disse na manhã desta terça-feira (6) em depoimento à Justiça Federal, em Brasília, que foi jogado no “vale dos leprosos” por “amigos de longa data”. No primeiro questionamento, feito pela própria defesa, Geddel negou que as ligações para a esposa de Lúcio Funaro tenham sido feitas para intimidá-la a não delatar. “Esses telefonemas amigáveis devem ter feito bem à senhora Raquel Pita. Digo isso porque vejo hoje que amigos, pessoas, de longa data me lançaram em um vale dos leprosos”, afirmou.
O baiano se negou a responder as perguntas do Ministério Público, argumentando que a instituição “não quis procurá-lo em todos esses meses”. Sobre os questionamentos, Geddel dizia não ter “mais nada a declarar seguindo orientação da defesa técnica”. A respeito de Funaro, o ex-ministro falou que “possivelmente os dois foram apresentados pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha”, mas destacou que não se lembra dos detalhes, pois “essa memória fantástica só em elefante e delator”. Segundo Geddel, Funaro era uma pessoa “agradável”.