Foto: Reprodução / CNN Brasil

O Governo do Estado descumpriu a determinação da desembargadora Telma Laura Silva Britto, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), e não apresentou estudos com alternativas para a população que depende do trem do subúrbio e não poderá pagar a tarifa de R$4,20 do sistema de ônibus durante os 27 meses de obras do monotrilho.

A desembargadora atendeu parcialmente a uma interposição de agravo e deu para o governo estadual um prazo, encerrado no dia 6 de agosto, para encaminhar os estudos.



O Estado, no entanto, está tentando reverter a decisão. Um estudo realizado pelo Ministério Público da Bahia em parceria com a Rede Cidade Popular, Tec&Mob e Bákó (UFBA) mostrou que 44% dos atuais passageiros não terão condições de pagar a tarifa de R$4,20 do sistema de ônibus e 70% terão que reduzir o uso.

Ou seja, a retirada do serviço de trem que há 150 anos conecta o subúrbio vai deixar cerca de 6 mil pessoas ilhadas, sem condições de sair de seu bairro e exercer suas atividades econômicas.

O Política ao Vivo entrou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), responsável pela obra, ainda na tarde desta quarta-feira (12), mas até o momento não obteve resposta.

O monotrilho:

Com ordem de serviço assinada em dezembro de 2019, o projeto do monotrilho do subúrbio de Salvador pretende ligar o bairro do Comércio, em Salvador e Ilha de São João, em Simões Filho, com 21 estações.

Ele substituirá o trem do subúrbio que ia da Calçada até Paripe. O empreendimento será uma parceria público privada na modalidade de concessão patrocinada feita ao consórcio Skyrail Bahia, que reúne as empresas Metrogreen e BYD.

Previsto inicialmente para ser uma linha de veículo leve sobre trilho (VLT) o governo alegou falta de interessados em executar o projeto e mudou sua concepção para um monotrilho, que correrá sobre um elevado.





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