Em um longo comunicado enviado para a imprensa, o Governo do Estado voltou a tensionar com o Ministério Público na noite desta terça-feira (30), após o MP-BA, juntamente com o Ministério Público Federal (MPF), apontarem sobrepreço no contrato do governo com o INTS, que administra o Hospital Espanhol.
Na nota, o governo reclama que o MP não agradou a manifestação da Secretaria de Saúde menos de um dia após enviar ofício à pasta para “expedir a Recomendação” e “releases para a imprensa alardeando suposto e não provado sobrepreço”.
O governo continua, rebatendo a acusação de que não houve grande número de participantes no chamamento para gerir o Hospital Espanhol, que serve para as vítimas de Covid-19.
“Uma pesquisa simplória dos Ministérios Públicos identificaria rapidamente que algumas cidades e estados praticam preços muito acima dos praticados pelo Estado da Bahia”, diz a nota.
“Não me parece razoável a posição do Ministério Público neste particular, com todo respeito que tenho às instituições e a seus membros. O objetivo da informação buscada pelo Ofício acima somente pode estar vinculada à identificação da existência de pagamento de valores considerados indevidos. Ora, sem aguardar a resposta no prazo que foi estipulado pelo próprio requerente, toma como certo aquilo que, em tese, buscava aferir. A despeito da necessidade desta informação, o que, imagino, para fazer um juízo sobre eventual constatação de equívoco pelo Estado, precipita-se com as recomendações indicadas”, destacou o Procurador Geral do Estado, Paulo Moreno Carvalho, no comunicado.
O governo estadual acionou o Conselho Nacional do Ministério Público contra recomendações do MP-BA e MPF.
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