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Aliados do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) se movimentam para tentar barrar no Senado a instalação de uma CPI do Ministério da Educação, após a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro. O objetivo é blindar o presidente da investigação em pleno período eleitoral.
A articulação, liderada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), tenta fazer com não sejam alcançadas as 27 assinaturas necessárias para a apresentação do pedido.
Governistas tentam colocar o pedido de investigação no fim da fila da lista de outros pedidos de CPI na Mesa do Senado. Além disso, os aliados têm dito a senadores que, se a Polícia Federal já está investigando o caso e houve prisão, não haveria motivos para uma investigação parlamentar.
O governo ainda ameaçou entrar na Justiça se o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autorizar a instalação da CPI do MEC e não outras em funcionamento. A ala governista pede a investigação de obras inacabadas do período dos governos do PT, da atuação de organizações não governamentais na Amazônia e do narcotráfico em fronteiras.
A possibilidade de abertura da CPI do MEC surgiu após a Polícia Federal prendeu o ex-ministro Milton Ribeiro na última quarta (22), no inquérito que apura o “gabinete paralelo” instalado na pasta, com favorecimento de pastores na distribuição de verbas.