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Foto: Flickr / Ronaldo Caiado
Professores da rede municipal de Salvador estão em estado de greve e denunciam um silêncio absoluto por parte da gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil). Segundo relatos enviados à redação, a categoria enfrenta uma defasagem salarial de 58% ao longo dos últimos 12 anos e cobra o pagamento do piso nacional do magistério, que atualmente é de R$ 4.876,77.
Em Salvador, o salário base de um professor em início de carreira é de apenas R$ 3.072,88 — valor que não atende ao mínimo previsto em lei. Uma das educadoras, que prefere não se identificar, afirmou ao Política ao Vivo que a Prefeitura tenta confundir a opinião pública ao misturar piso salarial com gratificações de carreira.
“Isso é uma ilusão. Gratificações são adicionais, o piso é o básico. Não é pago e seguimos desvalorizadas”, desabafa. Ela também denuncia a falta de cobertura da mídia tradicional sobre os protestos já realizados, como passeatas e bloqueios de trânsito, promovidos pela categoria.
A insatisfação cresceu após uma assembleia realizada no último dia 1º de abril, quando a categoria decidiu decretar estado de greve com paralisação de três dias. O movimento pode evoluir para uma greve por tempo indeterminado, caso a Prefeitura continue sem dialogar com os profissionais da educação. “Já chegamos no limite”, diz a professora.
Um novo ato foi convocado pelo sindicato da categoria para esta quarta-feira (9), às 9h, em frente à Secretaria Municipal de Gestão (Semge), localizada no bairro dos Aflitos.