A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por 3 votos, no TRF-4, nesta quarta-feira (24), pode mudar as peças no tabuleiro da política baiana e influenciar nas eleições de outubro, quando o governador Rui Costa (PT) tentará a reeleição contra ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador.
Sem Lula, é possível que o PT lance Jaques Wagner como candidato à Presidência da República. Com Wagner candidato, Rui seria beneficiado duas vezes: ele teria um aliado baiano, ex-governador e amigo pessoal no seu palanque como candidato à Presidência, o que fortaleceria ainda mais o seu nome; além disso, Wagner, ao disputar a Presidência, deixaria a chapa de Rui com uma vaga a mais para acomodar um partido da base e, assim, evitar perdas de aliados para o adversário.
Esse é o melhor dos cenários.
O pior é se Wagner não disputar a Presidência. Continuaria a ocupar um lugar valioso na chapa de Rui, que certamente não terá um nome forte disputando o Palácio do Planalto para impulsionar sua candidatura.