Política ao Vivo. Siga a gente no Instagram: @politicaaovivo

Foto: Reprodução

O vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade), preso nesta semana por suspeita de ter matado o enteado, o menino Henry, de 4 anos, pode ser o primeiro parlamentar cassado pela Câmara do Rio.



A brutalidade da morte de Henry levou os vereadores a sugerirem medidas que vão além dos trâmites tradicionais da Casa. Atualmente, ele está com os salários suspensos e será afastado se tiver a prisão estendida – a decisão impõe detenção temporária de 30 dias, enquanto a Câmara prevê o afastamento a partir do 31º dia de ausência.

Nomes como Nadinho de Rio das Pedras, Jerominho, Cristiano Girão e Luiz André Ferreira da Silva, o Deco, que são ex-ocupantes das cadeiras do Palácio Pedro Ernesto, foram presos no âmbito de investigações que miraram envolvimentos com grupos milicianos. Apesar de medidas temporárias impostas pela Casa, nenhum deles perdeu efetivamente o mandato por decisão dos colegas.

O caso de maior impacto para o político criminoso foi o de Girão, que perdeu as funções por ter passado mais de 120 dias ausente da Câmara – afinal, estava preso – em 2009. Foi, contudo, um mero cumprimento do regimento interno.

Já afastado do Conselho de Ética, do qual fazia parte, Jairinho, que pode ficar pelo menos 120 dias preso, deu lugar a Luiz Ramos Filho (PMN), que também cobra uma resposta.

Assim como os ex-colegas presos, Jairinho é suspeito de envolvimento com milicianos; o nome dele aparece na CPI das Milícias, finalizada em 2008 pela Assembleia Legislativa do Rio. Além disso, seu pai, o ex-deputado Coronel Jairo (PSC), também é mencionado no relatório e foi preso em 2018 no âmbito da operação Furna da Onça, que focou no suposto pagamento de “mesada” para parlamentares aprovarem projetos de interesse do governo estadual, no âmbito dos esquemas do ex-governador Sérgio Cabral (MDB).





Deixe sua opinião