Política ao Vivo. Siga a gente no Instagram: @politicaaovivo

Fotos: Flickr/Ronaldo Caiado/Antonio Queirós/Câmara Municipal

A vereadora Marta Rodrigues (PT) afirmou, nesta segunda-feira (14), que o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), deve explicações claras e públicas à sociedade e à Câmara Municipal sobre a sua relação não apenas de amizade, mas também de sociedade empresarial com Samuca Silva Franco – empresário investigado pela Polícia Federal na Operação Overclean, que apura esquemas de corrupção e desvio de verbas públicas envolvendo recursos de emendas parlamentares.



Segundo reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, Bruno Reis comprou, em 2022, 10% das quotas da empresa SPE Vento Sul Empreendimentos Imobiliários Ltda, da qual Samuca detinha 95% do capital social à época. A aquisição foi feita por meio da BB Patrimonial, empresa da qual o prefeito é sócio junto com seus filhos.

“Não estamos diante apenas de uma amizade pessoal, já amplamente admitida pelo prefeito em vídeos que circulam nas redes sociais. Estamos falando de uma sociedade empresarial com alguém que virou alvo de busca e apreensão em operação da Polícia Federal. Trata-se de uma relação que ultrapassa o campo privado e que exige esclarecimentos institucionais, à luz do que prevê a Constituição e os princípios da Administração Pública”, pontuou a vereadora.

Marta também destaca que a operação Overclean já identificou proximidade de diversos investigados com integrantes do mesmo grupo político de Bruno Reis, como o deputado federal Elmar Nascimento e o ex-prefeito ACM Neto, que também aparece em eventos ao lado do prefeito e de Samuca Franco. “As conexões expostas pela operação são graves e levantam uma nuvem de obscuridade sobre as relações entre o poder público municipal e agentes privados investigados por corrupção”, disse.

Para a vereadora, causa estranheza o fato de, justamente no momento em que Salvador vivencia uma onda de desafetação de áreas públicas, terrenos e áreas verdes, o prefeito mantenha sociedade ativa em uma empresa com atuação no setor imobiliário, cujo objeto social inclui compra, venda e permuta de imóveis, loteamentos e incorporações.

“Não se trata de fazer juízo antecipado, mas de exigir que uma autoridade pública, ocupante do cargo máximo do Executivo Municipal, esclareça à população que tipo de relação mantém com um empresário que figura no centro de uma investigação federal sobre esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro. Transparência é um dever de qualquer gestor público”, finalizou Marta.



Deixe sua opinião

Política Ao Vivo
Resumo das Políticas

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.