A líder da oposição, vereadora Marta Rodrigues (PT), disse, nesta terça-feira (8), que o prefeito ACM Neto assume o “próprio autoritarismo e falta de diálogo” ao se recusar ouvir as enormes manifestações públicas da população contra a construção do projeto do BRT da Prefeitura.
Segundo a edil, a resposta da prefeitura ao clamor de diversos setores da sociedade civil, mostra “enorme arrogância”. Além disso, acrescenta Marta, o contrato do BRT já é investigado pelo Tribunal de Contas da União.
“Ele age de maneira autoritária, mais uma vez, ao desprezar diversas manifestações. A sociedade soteropolitana, depois de muito tempo, se mobilizou em torno de algo que ela não quer e as vozes contrárias estão em todas as classes sociais da população e setores da sociedade civil, entre especialistas e urbanistas. É inacreditável que o prefeito tape os ouvidos para o que deseja o povo que também o elegeu”, disparou Marta.
Para Marta, há uma grande expectativa da população para que o BRT não seja construído devido a sua “potência destrutiva” no impacto ao meio ambiente e à vizinhança, além de ser um projeto com “custo mais caro do país” e vida útil curta por ser considerado um modal ultrapassado e desnecessário para o trajeto ao qual foi proposto.
“São vários motivos para não querermos o BRT e a população já tem consciência de cada um deles. Além das 579 árvores cortadas, que configuram um crime ambiental, existe o gasto de dinheiro público (R$ 820 milhões) que poderiam ser aplicados para outras áreas da cidade na questão da mobilidade urbana. É muito importante quando a população se atenta para estas questões. O prefeito não é o dono da cidade”, afirmou.