Breno Cunha
Depois de diferentes versões sobre sua saída do Hospital Regional Deputado Luis Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, serem divulgadas nas redes sociais, a médica Raissa Soares, que ganhou repercussão nacional nesta semana ao pedir ao presidente Jair Bolsonaro o envio de medicamentos a Bahia, quebrou o silêncio.

Em entrevista ao canal de Leda Nagle, gravada na sexta (03) e publicada neste sábado (04), no Youtube, a médica voltou atrás e confirmou que foi desligada do hospital após o seu vídeo feito para Bolsonaro.

Ela contou  que recebeu uma ligação de um funcionário do hospital dias depois de ter gravado o vídeo a Bolsonaro. No telefonema, o funcionário da unidade médica inicialmente afirmou que o contrato dela não seria renovado.



Raissa revelou, porém, que pouco tempo depois o funcionário ligou novamente com outra versão para sua saída do hospital: a de que seu contrato teria sido renovado em janeiro, mas ela teria que assinar um distrato. “Aí a minha ficha… [foi quando pensei] então eu fui desligada”, disse Raissa, confirmando a primeira versão divulgada em veículos da região, de que ela foi demitida após o vídeo gravado a Bolsonaro.

Ela contou da demissão para o presidente Jair Bolsonaro, que a ligou pela segunda vez: “Presidente, eu tenho uma notícia fresca pra lhe dar. Eu acho que eu fui demitida do [Hospital] Luís Eduardo. Ele ainda me pediu desculpas”, disse Raissa a Leda Nagle.

O governo do estado negou que Raissa tinha sido demitida após a versão da demissão se espalhar rapidamente, e garantiu que ela foi quem pediu para deixar o hospital. Na mesma entrevista, a médica confirmou que estava cansada e reforçou sua gratidão ao hospital, que a acolheu assim que ela chegou a Porto Seguro.



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