O médico Wilson Ernesto Garlaza Jara, responsável pelo procedimento estético que vitimou a funkeira MC Atrevida, prestou depoimento na última segunda-feira (3), em Vila Isabel, no Rio de Janeiro. As informações são do O Dia.
Em depoimento, Wilson afirmou que já realizou mais de 4,6 mil procedimentos do tipo e que MC Atrevida “morreu porque tinha que morrer, visto que são circunstâncias da vida”. Segundo o delegado à frente do caso, André Neves, a investigação apura se houve crimes além do erro médico.
“Estamos aguardando resposta oficial do Conselho Regional de Medicina e vamos colher outros depoimentos. Se ficar constatado que ele não tinha expertise para realizar um procedimento cirúrgico, a investigação pode ir por essa linha de não só um erro médico, como a imputação de um fato delituoso”, pontuou o delegado.
Em 2019, o Wilson já havia sido condenado pela Justiça por erro médico. A condenação ocorreu em 2014 e ele teve de pagar R$ 6 mil a uma paciente por um laudo incorreto.
MC Atrevida, de 43 anos, morreu no dia 27 de junho depois de passar por uma hidrolipoaspiração na clínica Rainha das Plásticas. O estabelecimento está interditado desde o dia 31 de julho pela prefeitura do Rio e a Vigilância Sanitária.