em Bahia, Brasília, Salvador

Foto – Arquivo pessoal

 

O dia 20 de novembro celebra-se o Dia Nacional da Consciência Negra. Nesse dia em novembro de 1695 foi morto Zumbi Palmares em uma emboscada e teve sua cabeça cortada e exposta em praça pública, na cidade de Recife, para servir de exemplos a outros escravos. Séculos depois, a cabeça de Zumbi continua sendo exporta, mas de outras formas: seja pela chacina do Cabula comemorada como “gol de placa” pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT); pela falta de oportunidade em ocupar cargos significativos em empresas públicas ou privadas; ou até mesmo de se assumir como negro.

O Brasil foi um dos últimos países do mundo que acabou com a escravidão, ou melhor, que finalizou com tráfico negreiro, porque ainda existe escravidão neste país tão misturado e complexo. O negro no Brasil não consegue se enxergar na televisão como apresentador de telejornal – pois nos telejornais, negro tem seu espaço reservado nas matérias policiais, como o bandido, marginal, vagabundo etc. O negro também não se ver nas novelas como protagonistas porque seu papel é na cozinha servindo de empregado.

Nas eleições de 2014, para os cargos de presidente da república, senador, deputado federal, governador e deputado estadual e distrital, entre 22 mil candidatos, 43,7% eram negros, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um percentual abaixo da participação de pretos e pardos.

O negro não quer ser melhor do que qualquer outra etnia, mas apenas fazer parte de uma sociedade diversificada que forma um país chamado Brasil. Enquanto essa realidade não fizer parte do nosso cotidiano, vamos continuar procurando negro em lugar destaque como todo cidadão deve estar.

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