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Integrante da CPI da Covid, o senador Otto Alencar (PSD) usou a cautela ao falar, em entrevista ao portal Metro1, nesta segunda-feira (18), sobre a possível acusação de crime de genocídio promovido pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.
Otto disse que, para haver o indiciamento de Bolsonaro por genocídio, deve se comprovar o extermínio de uma determinada população por quatões raciais, religiosas e étnicas, e que o relatório terá que provar que aconteceu isso. O relator da Comissão é o senador Renan Calheiros.
“O genocídio, ao pé da letra, significa o extermínio de toda uma população por motivos raciais, étnicos ou religiosos. Na minha opinião, o relatório de Renan vai ter que confirmar que houve esse extermínio. Não vejo [crime de genocídio], pelos detalhes que ele tornou público e sem discutir conosco. Pelo que sei, nenhuma população tenha sido exterminada deliberadamente pelo presidente”, explicou Otto.
“Eu trabalhei muito para mostrar os crimes cometidos pelo presidente e pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Se o relatório final não estiver condizente com o que foi sendo conduzido pela CPI, com pouca sustentação, ele pode ser derrubado. Essa é a minha preocupação”, completou o senador.
Por sua atuação na CPI da Covid, Otto se tornou um dos alvos dos defensores do presidente Jair Bolsonaro. Além disso, Otto protagonizou alguns momentos polêmicos, como quando fez uma série de questionamentos à médica Nise Yamaguchi, acusada de atuar na defesa do tratamento precoce contra a doença, sem eficácia comprovada pelas autoridades médicas.