Aproximadamente três anos após o início da legislatura atual, quase todos os senadores já usaram a chamada “licença para atividade parlamentar”. Essa medida permite que os senadores possam faltar a uma sessão deliberativa sem precisar apresentar justificativa e sem desconto no salário.
Em pesquisa feita pelo G1 nesse período, 76 congressistas atualmente no exercício do mandato e outros 13 suplentes pediram a utilização do beneficio que não é valido na Câmara dos Deputados: foram um total de 1.320 ausências, pelas quais o Senado pagou R$ 1,48 milhão.
Na Bahia, o senador Otto Alencar (PSD) é o 10° com mais faltas. O parlamentar faltou um total de 32 dias, o que corresponde a 12,6% das sessões ordinárias, em justificativa, o senador afirmou que passou por três cirurgias desde novembro. “Me operei três vezes e só apresentei um atestado”, disse. Outra justificativa foram as atividades no interior como presidente do partido na Bahia.
Ainda segundo a pesquisa, atrás de Otto em número de faltas, estão Lídice da Mata (PDB) (faltou 21 dias, o que dá 8,3% das sessões ordinárias) e Roberto Muniz (PP) é o menos faltoso (com apenas 12 dias de ausência).