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Ex-prefeito de Salvador e principal liderança política da cidade, ACM Neto (União Brasil) terá seu primeiro embate direto contra ex-aliados em uma eleição. Bruno Reis (União Brasil), que tentará a reeleição, terá a missão de Geraldo Júnior (MDB).
Escolhido para representar o governo do Estado nas urnas, Geraldo foi coordenador de campanha de Bruno em 2020, tendo atuado também nas articulações. A mesma função foi desempenhada por ele em 2022, já na condição de vice na chapa do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Outro antigo aliado, que também rompeu em 2022, Henrique Carballal (PDT), hoje presidente da CBPM, será o coordenador da campanha. Antigo petista, o ex-vereador foi liderança do governo Neto na Câmara de Salvador.
Outro ex-vereador que migrou para o grupo de Jerônimo, Heber Santana (Podemos) também terá a missão de coordenar parte do plano de governo de Geraldo. Ele rompeu com Neto entre o primeiro e o segundo turno da eleição para o governo. Sua presença é apontada como fundamental para abrir diálogo com o setor evangélico.
O mesmo cenário se aplica ao vereador Joceval Rodrigues (MDB), que atuou como líder do governo Neto, apoiou sua candidata ao Palácio de Ondina, mas migrou para a base de Jerônimo.
Nos bastidores, enfrentar ex-aliados é visto como um cenário mais delicado que um embate contra adversários. Isso porque um antigo parceiro tem conhecimento das estratégias do grupo, como Geraldo, que atuou por mais uma década ao lado de Neto. O avanço do vice-governador, inclusive, é observado por Bruno Reis.
Em outras eleições, o grupo de Neto nunca enfrentou ex-aliados. Em 2012, ACM Neto venceu Nelson Pelegrino; em 2016, Alice Portugal; em 2020, Bruno enfrentou Major Denice, do PT.